APRESENTAÇÃO

Antes de dar início ao meu programa de emagrecimento, é preciso que se diga: sofri muito. E ainda sofro. Até uns bons 7 anos, meu peso era uma gracinha - cerca de 13kg menos do que tenho hoje, sem muito esforço. E aí, sei lá como foi que aconteceu, comecei a inflar.

Primeiro achei que era só uma fase. Uma dietinha básica, emagreci.
Engordei novamente e atribuí o fato à TPM.
Outra dietinha, lá estava eu gostosa de novo - pelo menos vestida. Não me furto a dizer que quebrei alguns pescoços por onde passei e provoquei alguns acidentes de carro bobinhos, mas que foram a glória para a minha vaidade.
E por falar em vaidade, creia-me (se você ainda acha que nao chegou lá): envelhecer é uma merda. Palhaçada falar de maturidade, tranqüilidade - tudo balela, gente! Morro de rir quando alguma diz: eu não me trocaria por uma de 20 anos. Ô mentirada! O povo devia ao menos se envergonhar.

Porque na prática, você fica flácida.
E não é só isso. Tudo fica mais lento, inclusive o metabolismo.
Você engorda.
Para apenas manter o peso, precisa comer progressivamente menos.
Você está engordando e ficando flácida, mas não é só isso.
Sua cara começa a despencar progressivamente. Lentamente, a princípio, é verdade.
Mas com o passar dos anos, você nota diferença todo dia. A tragédia se instala, a decrepitude te abraça e, a menos que você tenha condições de bancar todos os tratamentos estéticos à disposição na atualidade, você está perdida. Per-di-da.
Esqueça a sua inteligência, filha. Mesmo com seu pós-doutorado, você vai engordar.
Dane-se se você é bem sucedida. Ah, meu amor, nesse quesito as pobrinhas levam vantagem: nada melhor que um tanque de roupa para deixar o tchauzinho firme como uma rocha.
Só que, confesse, há quanto tempo você não encara um tanque, minha filha?
É preciso reforçar a velha máxima: "na morte e na gordura, somos todas iguais".

Se você tem marido, se tortura porque ele vai estar olhando para as mais novas - e em certo ponto, reles 5 anos a menos já são uma baita vantagem. Se você não tem marido, se tortura, porque o espelho lhe diz que as chances de arrumar um estão cada vez mais remotas. A concorrência é fogo, meu bem, e você sabe disso.
Vá malhar, querida.
Sim, não há escolha. Procure aquela academia 24h e dê um jeitinho.
E pare de comer. Olhe para o céu, de manhã, e procure preencher seu espírito - quiçá seu estômago - com a luz do dia.
Se não der, coma um talo de brócolis e encare a dureza do dia.

Tanta tensão e estresse só podem apresentar um resultado concreto: banha.
Banha na cintura, banha nas coxas, banha no estômago - você às vezes parece que escondeu uma jaca sob a cinta. Ah, as cintas! Quem merece o terror das cintas? Enquanto lhe estrangulam o diafragma, fazem toda a banha pular pouco abaixo dos braços, nas suas costas. Uma visão do inferno. A gente fica parecendo um saco de arroz amarrado pelo meio.

Por tudo isso, tentei TODAS as dietas que você já viu, todas, provavelmente, as de que já ouviu falar. A mais divertida foi a dieta do terço, você conhece essa? Eu conheço. Vou falar sobre essa - e sobre as outras, em outros posts. E enquanto me debatia com todas as dietas que não conseguia fazer, me torturava/consolava comprando todas as revistas de boa forma e cirurgia plástica existentes no mercado. Na pior das hipóteses, dá para sonhar que você pode dormir você e acordar Vera Fischer. Com dores, naturalmente. Muitas. Mas é um alento.

É claro que é preciso um bom capital para realizar todas as transformações que eu desejo. E no quesito capital, preciso confessar, a coisa tá preta. Pra piorar, não tenho marido. Não tenho marido!
Enquanto as banhas balançam, penso que não devia ter largado o primeiro. Muito menos o segundo. Onde eu estava com a cabeça quando deixei dois maridos no passado?

Erros da juventude. É preciso correr atrás do prejuízo. Portanto, dieta já.

Shake Shake Shake! Nálu, é preciso balançar!